😼Agir😼



Agir v. intr.- Operar; actuar
a·gir - Conjugar

verbo intransitivo

Operar; actuar.

"agir", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/agir [consultado em 15-03-2018].



     Quando decido adoptar um animal não estou apenas a trazer para casa um bibelô, estou a trazer um amigo, um novo membro da família. Será sempre assim até ao final das suas vidas, e da minha claro. São parte de mim! Talvez das mais importantes e genuínas!
     Sempre tive animais desde que me conheço como gente. Gatos, cães, hamsteres, canários, peixes, piriquitos, até mesmo moscas e afins. Felizmente sempre estive rodeada de pessoas com o mesmo amor. Ao longo dos anos tive de aprender a difícil tarefa da despedida e apanhei vários sustos. É muito complicado quando vimos um amigo a sofrer mas ele não nos consegue explicar oralmente o que sente, então começamos a tentar aprender a decifrar os sinais que nos mostram. Aqui a cumplicidade ajuda muito, mas acho que também varia de pessoa para pessoa.
    Quando a Lua tinha apenas dois meses de vida comeu seis Lexotans do meu pai. São calmantes muito fortes. Andava como se tivesse passado a noite toda a beber no Bairro Alto, a sorte dela? Ter muita energia e alegria! E claro vomitou quase tudo, porque o gosto é horrível! Mesmo zonza corria como podia e tentava pular. Fomos para o jardim para ela poder correr mais á vontade. Se ela adormecesse já não acordaria mais! Hoje é forte, grande, linda, meiga e feliz! Foi um valente susto!
     O Patchoy, até então, sempre tinha estado forte, lindo, saudável, sem nenhum tipo de problema de saúde e com uma  personalidade muito vincada, afinal de contas é o macho da casa. Depois de lhe colocar o desparasitante em pipeta passou pouco tempo até ele decidir iniciar a sua higiene diária. Foi colocado no mesmo lugar de sempre, já de noite para não correr o risco de eles se andarem a banhar uns aos outros. Pela primeira vez ele decidiu provar. Os momentos seguintes foram um verdadeiro horror. Sem saber bem o que fazer comecei agir meio que por instinto, tinha de o lavar todo. Nos gatos a ingestão do desparasitante em pipeta pode provocar a morte. Nada do que eu fazia parecia estar a resultar, tinha de fazer mais! Procurar um veterinário de serviço e correr até la. E assim foi. O Patchoy teve várias convulsões e corria o risco de não sobreviver caso não parassem! Levou várias injecções para as convulsões, calmantes, soro na pele. As horas seguintes seriam importantes. Teve de estar isolado no quarto completamente ás escuras, no silêncio, em paz. Foi complicado com duas cadelas, mas elas parece que perceberam e estiveram tranquilas. Estive mais de trinta horas seguidas sempre acordada, sempre de olho a tudo o que ele precisasse. E aos poucos o meu gato voltou para mim! Este tipo de situações pode provocar problemas renais, o que vai levar o Patchoy a uma dieta de sete dias, mas o que vale é que ele adora. E já bebeu água o que também era fundamental. Ainda está a recuperar, passou muito pouco tempo, mas os rins começam a trabalhar e ele já está lúcido. Muito mole mas tudo a seu tempo.
         Em ambas as situações fui colocada numa situação em que só tinha duas opções, agir ou não. Obviamente que o "ou não" nunca foi opção para mim! Nem nunca será! O que eles me dão é tanto comparado com o que lhes dou! É meu dever cuidar e proteger sempre os meus.

😽 Beijinhos e Sorrisos 😸


Telma de Oliveira

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